Porto e Sporting: a Alemanha tirou-os do Euro

O Sporting ia a Leverkusen enquanto o Porto recebia o Dortmund. Na mala estavam duas derrotas, duas exibições envergonhadas e um acreditar ...

O Sporting ia a Leverkusen enquanto o Porto recebia o Dortmund. Na mala estavam duas derrotas, duas exibições envergonhadas e um acreditar mínimo, porque dois históricos têm sempre de acreditar. Em campo houve alma e um crer temporário. Pouco durou. No fim ganha a Alemanha, já diz o ditado. 

E lá viemos embora da Europa, expulsos por quem se mostrou mais forte, disciplinado e empenhado. Por quem tem vontade de fazer a Europa sua. Porto e Sporting viram-se agora para o campeonato.

Depois de ganhar a supertaça, os pupilos de Jorge Jesus lideram a Liga e procuram enfrentar os duros jogos nacionais que aí vêm com maior vontade do que a revelada nos jogos continentais. Já o Porto, com a Taça de Portugal bem encaminhada, pretende disputar taco a taco o campeonato, na esperança de fazer uma ultrapassagem significativa na primeira recta possível. Pelo meio está o Benfica, ainda envolvido na Liga dos Campeões e perigosamente próximo. 


Ontem o Sporting até apresentou personalidade de adulto. Escondeu bem as lacunas e fez do que tinha uma força. Deu luta, incomodou e assustou. Mas Bellarabi era rei e senhor da eliminatória: 3 golos nos 4 do Bayer na eliminatória. Pelo meio ainda mandou uma bola ao ferro, em Alvalade. O seu 2º golo de ontem é qualquer coisa de fantástico. A equipa acabou por baixar os braços quando sentiu que aquele 2-1 caiu do céu e matou a eliminatória. Çallanoglu ainda aproveitou para se mostrar.

O Porto tinha um adversário (ainda) mais complicado e uma desvantagem maior. É certo que jogava em casa mas este ano isso não tem sido tão linear quanto pensávamos. Os que foram a jogo (Brahimi, Corona, Herrera e André André começaram no banco) entregaram-se, mas cedo tudo ficou resolvido. Golo de Aubameyang num lance de muita felicidade e com irregularidade à mistura. A partir daqui, 4 golos em falta era muito para quem nem 1 conseguia fazer. E Burkl ainda fez uma defesa quase impossível. Um jogo que os alemães sentenciaram à menor oportunidade. E lá se foi a Europa azul.

Foto: Getty/Lars Baron
Um adeus amargo - perder custa sempre - mas justo. Caíram aos pés de uns alemães fortes e sérios, que transformam a Europa numa competição digna. Jorge Jesus e José Peseiro abdicaram dela ainda antes dos seus pupilos entrarem em campo. Isso reflectiu-se lá dentro.

Agora luta tu, Braga!

"És livre para fazer as tuas escolhas, mas és prisioneiro das consequências" - Pablo Neruda.

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